quarta-feira, 28 de julho de 2010


Escrevo-te outra vez, depois de meses esquecida de sua vida. Peço que não se zangue com minhas palavras tortas, morena. Hoje li teu nome, em um lugar qualquer que não me lembro, só me lembro do contorno das letras reluzindo, e me mostrando que ainda existe você. Sei que o tempo e a vida nos jogou de lados diferentes, lutamos em uma luta desigual, sei que agora o que sentes e um afago ligeiro de uma saudade desleal. Hoje ouvi tua voz, rouquidão contorcida, conturbada, imprecisa, me tomando o peito inundado de fel, como se eu adivinhasse cada palavra tua, e imaginava distante os seus olhos, perdidos do outro lado, procurando algo pra fixar, procurando o que dizer, procurando algum motivo pra desligar. Dizes que mudo todo o tempo, dizes que não tenho mais tempo pra ouvi-la contar sobre o fim. Me soltei de ti sem querer, morena, e tu te soltaste de mim. Como era doce o som dos teus medos, e os acordes imperfeitos do seu violão. Eu poderia respirar a vida inteira o mesmo ar que rodeava teu leito, eu me apegava em seus defeitos, e me supunha forte pra nunca perder, gostavas das coisas imperfeitas, do modo que eu falava, do jeito que eu dizia certas coisas sobre nós. Hoje gostas do seu modo, de uma vida finita, esvaída pelo chão. Mesmo assim, ainda hoje, quando falo de ti, falo de amor.

Não posso fugir por muito tempo. Escreva-me

quarta-feira, 21 de julho de 2010

a vida é mesmo muito doida, o destino tras pessoas que você nem imagina.
o que fazer?

segunda-feira, 19 de julho de 2010



I M I S S Y O U




domingo, 18 de julho de 2010


Ela não conseguiu enxergar o que deveria, e -quase- sem querer deixou que a calma se fizesse boa, então me deixou passar mais uma vez. E outra vez entenderia em algum momento, que força alguma precisaria ser feita para ser vista, já que ninguém fica completamente imune a um sentimento como o amor. E eu a esperei todos os dias, com os olhos inundados de esperança, e as mãos rodeando versos em um caderno amarelado. Desenhando a nudez explicita do seu corpo, branco e ingênuo, os seus olhos cheios do céu, e os seus longos cabelos ensolarados. Eu não a deixaria partir dessa vez, não sem me olhar, mesmo que a rua estivesse tomada de rostos desconhecidos, eu gritaria teu nome. E outra vez ela me olhou, e me cercou de medo uma vez mais, como se nos conhecessemos sem conhecer, como um idioma que não sei pronunciar, mas sei ouvir, consigo entender. Os azuis dos teus olhos não me deixam mentir, paralizam o céu ao redor. Me traga todo dia sem sentir, enche os pulmões, depois sopra, se desfaz da fumaça, se desliga de mim. A minha magoa não é por não te ter, mas é por não saber se tenho de fato ou não, tudo que sei são o que dizem teus amigos e os meus, sobre teus medos e os teus palpites fora do alcance das minhas mãos. Eu sonhei com você todos os dias durante anos, mesmo sem te conhecer. Não vou sonhar com você essa noite. Essa noite eu não vou dormir.





retalhos, uma vez mais


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Melhor amiga!

As vezes diz que não me importo ou que não dou a devida atenção, mas lembra que eu escolhi te amar, em algum momento te coloquei em primeiro lugar. Nem tudo foi bom, nem todas as pessoas perceberam o que era a nossa amizade antes de fazer mal a ela, e contudo soubemos, eu e você, assumir o amor que é so meu e seu. Eu nao preciso estar perto pra sentir voce comigo, se alguem eu preciso pra vida, se em qualquer situação eu imagino alguem comigo é sem duvidas e sempre a minha melhor amiga! eu amo sim e tenho amigos, mas eu não poderia ser eu se não fosse pelo pedaço que em mim é voce. exagero ne? é que poucos conseguem sentir assim um amigo. POUCOS MESMO! eu nao me aflinjo por não estar sempre perto de mim, nem penso em te perder. é tranquilo o que é nosso é sereno por que só há uma Ana Paula. Existem amigos, amores, familia e você! mesmo parecendo distantes a gente sabe que ninguem pode fazer melhor que nós! hsausauhssas. NINGUEM! um dia teremos certeza do quanto a pena valeu o que passamos o que fizemos e que deixamos de fazer ( quase nada) carecemos de arrependimentos pelo que nao fizemos. ne? eu te respeito por nao saber viver sem voce e por nao querer, e reconheço ticken que erramos muito, muito, mesmo! mas que nos amamos acima desses erros todos e grandes. E olha sabemos que é mais importante termos uma a outra do que termos qualquer outra coisa. Meu amor, você sou emelhores amigas por que temos que ser! seriamos se nao fossemos. se há um grande amor o meu é minha melhor amiga!!!

EU TE AMO! voce tem o maior " eu te amo" e melhor saido de mim.


Juliana Lyrio.

terça-feira, 13 de julho de 2010

- Eu sempre imaginei - de maneira breve - que sua dor seria mais intensa em mim, e que eu perderia por consequência as coisas que eu amo, bem devagar. É que de repente, veio aquele medo de não sentir mais medo de ficar sem você. Eu sei lá, talves seja a hora de me adimirar sozinha, sem receio das coisas que você não gosta de ver, sem me preocupar que você deve acordar às seis, que eu devo acordar também, que você gosta do meu cheiro, e eu não devo mudar, porque gosto de agradar, eu não quero gostar, eu não gosto, não mais.
- Você poderia não ser o que eu queria que fosse, aliás, você deveria ser o que eu queria que você fosse, porque você não é do jeito que eu quero te querer, você é do jeito que eu quero sem querer, sabe? Eu não sei se ainda há tempo pra pensar em separar as coisas, eu não sei se ainda há tempo pra dizer que eu sinto..
- Que sente muito? Na verdade a gente não sente, você sabe.
- Mentira, nós sentimos sim, eu sinto, eu quero sentir.
- Não, tudo que você quer é que isso termine logo, e que a minha voz suma da sua cabeça, você quer que acabe, eu quero que acabe, eu quero que isso pare!
- Fico triste por não sentir tanto assim, mas fico mais triste por saber que não sente também.
- Eu entendo. No começo, quando eu pensava em não te querer mais, imediatamente eu sentia medo por talves você sentir isso também.
- Eu tenho que ir
- Você tem
- Passo aqui às oito, pra buscar as coisas
- Não. Leva tudo agora, às oito eu não estarei aqui.



restos de julho.

[
imissyou]
[imissyoutoo]

domingo, 11 de julho de 2010


Soneto de Contribuição


“Eu te amo, te amo tanto, que o meu peito me dói como em doença. E quanto mais me seja a dor intensa, mais cresce na minha alma teu encanto. Como criança que vagueia o canto ante o mistério da amplidão suspensa, meu coração é um vago de acalanto, berçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a alma, nem melhor a presença que a saudade. Só te amar é divino, e sentir calma… E é uma calma tão feita de humildade, que tão mais te soubesse pertencida, menos seria eterno em tua vida.”


(Vinicius de Moraes)