terça-feira, 17 de março de 2009

A vida costuma ser bem irônica com a gente. Oque antes me mantinha em paz, hoje me mantém em um verdadeiro inferno. Estou sentindo pena das pessoas, e algumas delas eram relmente importantes pra mim. Preciso ver o mar, me acalmar e me sentir em paz, eu não entendo, por que me sinto tão confusa ás vezes, se a resposta está diante de mim. Ás vezes, eu me sinto vazia, eu não sinto nada. E esse vazio já é parte de mim, por isso não me assusto mais. E não é culpa de ninguém, nem minha. A algum tempo atrás eu me culpava, mas eu vejo que é tão somente a vida. Pra que tudo acontece? Pra aprender? Aprender pra que? Depois de tudo, não nos resta nada, e eu estou cansada de pensar, pensar e pensar. Não quero sorte, não quero palavras bonitas, nem irônias, seja franco e me mostre quem você é, e eu vou te mostrar quem eu sou, sem mentiras, sem armas, sem nada. Quem é você?

ouça: Dois barcos - Los Hermanos

segunda-feira, 9 de março de 2009

Agora é a hora de dizer tudo oque eu devia ter dito a muito tempo atrás, como a falta que você me faz. O seu abraço, me mantém segura, as suas duvidas são todas esperadas e entendidas, eu sei o quanto você sente medo. Eu to cansada de só dizer as coisas e não fazer nada, ta na hora de fazer valer a pena e te ter só pra mim, porque eu não suporto saber que não estamos realmente juntas. To com vontade te chamar de amor, e ficar deitada do teu lado, quetinha, sentindo que nada nem ninguém pode nos fazer mal. Eu gosto de me sentir sua, eu gosto de me sentir em paz, eu gosto de estar com você, eu posso dizer que te amo, mesmo com todas as mancadas que eu dei, porque quando você me toca, você consegue sentir que é verdade, e o nosso amor é antigo, você sabe. Ah cara! Chega de falar. Eu vou fazer acontecer meu amor.

"Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida"

sexta-feira, 6 de março de 2009

As horas corriam, na mesma velocidade do sangue em suas veias. Ela só escutava os próprios passos no chão de pedra da rua aurora, estava chovendo, ela conseguia ouvir as crianças brincando no jardim em seus pensamentos, e em alguns minutos ela estava na estação. Seus olhos repousavam quase imóveis em objetos pouco interessantes, quando alguém lhe olhava os olhos, ela sorria.
O trem havia chegado, e junto com ele um medo latejante de ser feliz. Seu vestido estava molhado pela chuva, e seus sapatos estavam lhe matando os pés, ela se levantou e caminhou um pouco até que todas as pessoas entrassem no trem, ela se lembrou de tudo que tinha vivido até então, do almoço que fez pra família, do seu marido falando sempre das mesmas coisas. Um senhor a parou os pensamentos.

- A senhora não vai entrar? O trem esta quase partindo.

Ela parou, o olhou nos olhos, teve medo, teve duvida, teve medo outra vez. - Vou no próximo, disse sorrindo. O próximo chegaria daqui duas horas.
Ela saiu da estação, correu entre as pessoas, as horas e os dias pareciam parar, ela não sentia nem a chuva sobre a pele branca e macia. Entrou correndo em casa, beijou os filhos. O marido perguntou onde ela estava.

- Fui pensar um pouco.

Tomou um longo banho, se deitou ao lado do marido imóvel. A janela estava aberta, o trem estava indo embora, levando com ele todos os sonhos daquela mulher.